Prédios corporativos voltam a vida!

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Recentemente, o mercado de prédios de escritórios de alto padrão em São Paulo testemunhou um aumento significativo nas locações, atingindo níveis semelhantes aos registrados antes da pandemia, de acordo com uma pesquisa da consultoria imobiliária JLL. Essa tendência aponta para uma recuperação do setor, que vinha sofrendo desde a popularização do home office no mundo corporativo.

No terceiro trimestre de 2023, o saldo entre áreas alugadas e devolvidas, conhecido como absorção líquida, atingiu 51 mil m², o equivalente a sete campos de futebol. Esse número representa o mais alto nível de atividade desde o início da pandemia em 2020. No acumulado do ano, a absorção líquida totalizou 64 mil m². O ano começou com uma atividade mais contida, refletindo as incertezas dos empresários diante da troca de governo, porém, apresentou um reaquecimento nos últimos meses.

A área total alugada, sem considerar as devoluções, foi de 121 mil m² no terceiro trimestre, o segundo maior volume desde o início de 2020. No acumulado do ano, essa medida alcançou 283 mil m².

O setor financeiro foi responsável por 42% das locações nos edifícios paulistanos durante o trimestre. Por exemplo, a HDI Seguros firmou um contrato para uma área de 2,7 mil m² no prédio Ceab, na Barra Funda, enquanto a XP Investimentos expandiu sua presença com mais 2,3 mil m² no São Paulo Corporate Towers, onde já estava estabelecida.

Com o aumento significativo de transações, os preços de aluguel reagiram. O preço médio pedido por m²/mês foi de R$ 96,5 no terceiro trimestre, representando um aumento de 7,7% em comparação ao ano anterior, de acordo com a JLL. Em média, a vacância nos edifícios atingiu 24,3% da área, um aumento de 1,6 ponto percentual. Apesar do aumento nas locações, o mercado também viu a entrega de novos prédios desde o ano passado, o que contribuiu para o aumento do estoque disponível.

A pesquisa evidencia uma disparidade significativa no mercado. A disponibilidade de espaços é praticamente nula em áreas como Itaim Bibi (5%), Faria Lima (7%) e JK (7%). Em contrapartida, há locais com uma oferta considerável para novos inquilinos, como o eixo sul da Marginal Pinheiros (67%), Chácara Santo Antônio (47%) e Barra Funda (37%).

Os preços variam consideravelmente dependendo da região da cidade. Por exemplo, enquanto o aluguel na Faria Lima alcança em média R$ 208 por m²/mês, um imóvel com padrão similar na Chácara Santo Antônio é cerca de três vezes mais barato, custando R$ 60 por m²/mês, segundo a consultoria.

Para os próximos meses, a JLL projeta uma continuação da melhora no mercado, com absorção líquida positiva e uma tendência de aumento nos preços de aluguel. Considerando que os prédios em Itaim, Faria Lima e JK estão com alta ocupação, as empresas em busca de espaços de escritório devem considerar a possibilidade de se instalar em outros bairros.

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