Valorização dos Fundos Imobiliários em 2024!

FI's-2024

A aprovação da reforma tributária e a diminuição da taxa de juros tendem a impulsionar os investimentos em fundos imobiliários. Essa modalidade oferece uma oportunidade para investidores individuais participarem do mercado imobiliário sem precisar adquirir propriedades físicas, o que é atraente devido à sua facilidade de acesso e aos benefícios fiscais associados.

Os fundos imobiliários, também conhecidos como FIIs, são compostos por diversos investimentos do setor imobiliário, como hospitais, shoppings, prédios comerciais, galpões e letras de crédito. Ao investir nesses fundos, os investidores adquirem pequenas partes de imóveis, tornando-se “donos” dessas propriedades.

Um exemplo prático é quando uma construtora financia suas obras e, posteriormente, divide parte do imóvel em cotas do fundo. Cada proprietário dessas cotas recebe uma parcela proporcional dos aluguéis gerados, que constituem o rendimento do FII.

As cotas dos FIIs são negociadas na Bolsa de Valores, permitindo aos investidores comprar e vender suas participações a qualquer momento durante o pregão.

Rossano Nonino, diretor executivo na Fator ORE Asset e Fator Reico, afirma: “O mercado está mais confiante com a queda de juros. É de se esperar que as cotas de FIIs valorizem entre 20% a 40% em 2024”.

Uma das vantagens dos fundos imobiliários, destacada pelos especialistas, é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos distribuídos para pessoa física, desde que o investidor possua menos de 10% das cotas do fundo. No entanto, como em qualquer investimento, os FIIs apresentam riscos, como inadimplência dos locatários, vacância prolongada dos imóveis e má qualidade da gestão do fundo.

A escolha do FII adequado deve levar em consideração o perfil do investidor e os riscos associados a cada fundo imobiliário. Fundos com maior potencial de retorno geralmente tendem a ser mais arriscados.

Em 2023, a Bolsa já registrava mais de 440 FIIs listados, um aumento significativo em relação a 2017, quando esse número era 156.

Adalbero Cavalcanti, CEO da RB Investimentos, destaca: “Para pessoa física, a melhor maneira de investir no mercado imobiliário é por FII. Primeiro, porque terá um gestor profissional para cuidar do ativo. Segundo, porque terá acesso a imóveis que não teria se fosse investir de forma física, como galpões e shoppings. Terceiro pela liquidez. Se achar que o investimento está ruim, pode fracionar e vender. E por último, e mais conhecido, é a isenção de impostos sobre os rendimentos”.

Quanto aos tipos de fundos imobiliários, existem os Fundos de Tijolo, focados em empreendimentos físicos como shoppings, escritórios, hotéis, galpões e universidades; os Fundos de Papel, que investem em instrumentos financeiros do setor imobiliário; os Fundos de Fundos (FOFs), que diversificam a carteira ao investir em cotas de outros FIIs; e os Fiagros, que aplicam em ativos do agronegócio.

Além disso, é importante estar ciente dos principais riscos associados aos FIIs, como oscilações do mercado financeiro, baixa liquidez, inadimplência dos locatários, vacância dos imóveis, concentração em poucos ativos ou setores específicos, má qualidade da gestão e falta de transparência nas decisões do fundo.

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